Amauri costumava freqüentar bailes afim de comer as "minas".
Compareceu a um grande baile. Olhou as mulheres a quem queria tirar para dançar, mas não se interessou por nenhuma.
Nisso, viu uma moça solitária, sentada a uma mesa. Era linda, e ele, todo romântico, para lá se dirigiu...
Ao se acercar da moça percebeu que ela não tinha as duas pernas. Ficou sem graça, sem saber o que fazer.
Então, disse a ela:
— Posso me sentar com você?
— Claro! - disse ela.
Ele se sentou e começou a conversar com ela sobre vários assuntos.
Ficaram vendo os pares dançarem e conversavam animadamente.
O tempo se passou e quando Amauri percebeu já eram quatro da madrugada. Foi quando ele disse:
— Vamos embora? Você tem alguém que vem buscar você?
— Não. Meu pai me trouxe, mas eu tenho que voltar sozinha.
— Então eu levo você.
Saíram do baile, ela no colo dele, e tomaram um táxi.
No trajeto, a cada curva que o carro fazia, ela caía no colo dele e era aquela esfregação.
Ele queria respeitar a moça, mas o раu não.
Ao chegarem à casa dela ela disse:
— Me leva ao fundo do quintal, que tem uma mangueira.
E ele levou, lá havia uma mangueira, onde havia duas cordas penduradas, com uma argola em cada uma.
Ela disse:
— Você me pendura, um braço em cada argola, e nós podemos transar.
Ele assim fez e transaram umas cinco vezes. Depois disso, ele pegou a moça ao colo e levou-a à porta de casa. Tocou a campaínha e o pai dela veio abrir a porta. O homem o recebeu na maior alegria:
— Obrigado por trazer minha filha, meu chapa. Vamos, vamos entrar e tomar um conhaque comigo - estava fazendo frio.
Ele entrou e o pai dela continuou a puxar o saco dele de todas as maneiras.
Ele já estava morrendo de remorsos e disse ao pai dela:
— O senhor me desculpe, o senhor está me tratando tão bem e eu acabei de fоdеr com a sua filha pendurada na magueira.
— Ah!! - disse o homem - Está tudo bem, eu só estou agradecendo porque o senhor trouxe ela para dentro de casa. Os outros sempre deixam ela pendurada na mangueira!...