Manuel entra em uma farmácia e pergunta ao balconista:
— Xi faiz favoire, o senhor pode me vender um pouquinho de farinha?
O balconista, atônito, respondeu:
— Farinha? Eu não vendo farinha.
O português foi embora, mas no dia seguinte ele voltou:
— Bom dia, senhor! Tem farinha hoje?
O balconista, impaciente, respondeu:
— Não, hoje não! - e deu as costas para o português.
Ele foi embora chateado, mas acabou voltando no dia seguinte, e no seguinte e no seguinte. Até que no sexto dia ele não agüentou mais.
— Oilá. - disse o português.
— Bom dia!
— Adivinha o que estou precisando comprar?... Farinha!!
O balconista desesperadamente respondeu:
— Eu não agüento mais o senhor aqui todo o dia me pedindo farinha. Será que não deu pra perceber que isso aqui é uma farmácia e que em farmácias ninguém compra farinha?
Ao ouvir tamanha bronca o português ainda insistiu:
— Ninguém compra, porque você não vende. Se vendesse...
O balconista perdeu o sentido e antes que o português terminasse, ameaçou:
— Se o senhor me aparecer aqui novamente e pra me pedir farinha, eu juro que vou pregar seus pés na calçada.
Ao ouvir isso o português saiu de fininho. Mas por incrível que pareça, ele voltou:
— Bom dia! Xi faiz favoire?
O balconista ao ver o português já arregaça as mangas e começa a espumar de ódio. O português então pergunta ao balconista:
— O senhor tem pregos?
O balconista, aliviado, responde:
— Não, claro que não...
— Ah, então o senhor me veja um pouquinho de farinha!