O TATO O tato chegou na loja e foi dizendo:
— Tom tia -Bom dia, respondeu o balconista. O que o senhor deseja?
— Eu tero titim teto (cetim preto) O balconista nada entendeu e chamou seu colega de balcão.
— João, venha aqui por favor!
— O que é?
— Atenda este freguês, eu não consigo entendêlo!
João: Bom dia freguês!
— Tom tia te novo!
— O que o senhor deseja?
— Eu zá disse, eu tero titim teto.
João passou a mão na cabeça e disse: eu também não consigo entender o que ele quer e logo chamou o dono da loja:
— Seu Pedro! por favor venha aqui imediatamente!
— O que vocês querem?
— Atenda este freguês, nós não conseguimos entedêlo!
— Vocês são uns incompetentes, e logo cumprimentou o tato:
— Bom dia freguês!
— Tom tia de novo!?
— O que o senhor deseja?
— Eu zá disse, eu tero titim teto!
O dono da loja ficou encafifado, chamou os empregados e disse: vocês têm razão, ninguém entende o que ele quer.
Porém lembraram que na loja também trabalhava um tato que era faxineiro e logo chamaram o Manuel ao balcão.
— Manuel? vem cá depressa!
— O ti é?
— Atenda este freguês!
— Eu? eu sou facineilo e não balconista!
— O tato da loja, tom tia!
— O freguês, tom tia -O tato da joja, O te é te ocê té?
— Eu zá disse, eu tero titim teto -teraí, eu vou toturar!
E o tato da loja procurou no balcão, nas prateleiras e nada encontrou, voltou-se para o tato freguês e disse:
— Tem não meu amico, tá tatando (tá faltando) -Respondeu o tato freguês -Bicado, até lосо!
Aí todo mundo correu para Manuel o tato da loja e perguntaram , o que ele queria Mané?
— Titim teto (cetim preto) Ficou tudo na mesma.
Otacílio ,