O cara era muito pão-durо. Mesquinho, avarento, unha de fome, realmente muquirana. Tinha muita grana, mas a família vivia como se estivesse na miséria.
Para surpresa de todos, no Natal, decidiu levar o pessoal para passar umas férias numa cabana alugada, numa região montanhosa. E aí aconteceu a desgraça: uma terrível avalanche soterrou a cabana, deixando-os presos e incomunicáveis.
Após muito trabalho, a equipe de salvamento da Cruz Vermelha consegue abrir um caminho até a entrada da cabana. Batem na porta e anunciam:
— É a Cruz Vermelha!
E o muquirana, lá de dentro:
— Hoje não tem nada! Passa o ano que vem!
Manha de Natal. O menino acorda e vai direto ver os presentes da arvore de natal. Um a um, vai lendo os nomes constantes nos pacotes:
— Esse é para o meu irmão, para minha irma, para minha avo, para a mamãe, para o papai, para a tia Dorinha, para o tio Gilberto, para a Nancy. Ué. . . não tem presente para mim! - corre para o quarto da mãe - mamãe, mamãe, acorde! o papai noel não trouxe presente para mim!
Sonolenta, a mãe diz:
— É que, com um tumor no cérebro, ninguém imaginava que você fosse durar ate o natal!
Véspera de Natal.
A turma do correio já se preparava para a festa de confraternização quando alguém chega trazendo um envelope endereçado ao Papai Noel. A carta era de um garotinho, muito pobre, cuja mãe estava doente, o pai desempregado, não tinham nada que comer, o dono do barraco onde moravam estava ameaçando-os de despejo porque o aluguel estava atrasado há mais de seis meses e mais um infindável rosário de desgraceiras de arrancar lágrimas dos mais empedernidos corações. No final ele terminava a carta pedindo R$ 50,00 para comprar um remédio para a mãe.
Comovidos, o pessoal do correio resolveu fazer uma vaquinha para arrecadar o dinheiro e enviá-lo ao menino. Conseguiram R$ 48,00. Colocaram o dinheiro num envelope e mandaram ao menino, felizes por terem feito uma boa ação.
Uma semana depois, um outro envelope, com a mesma letrinha pequenina, endereçada ao Papai Noel. Ansiosos pelas palavras de agradecimento do menino, todos se juntaram em torno de um dos funcionários que leu em voz alta:
"Querido Papai Noel, muito obrigado pelo dinheiro que você mandou. Da próxima vez, seria melhor que trouxesse pessoalmente, pois os filhos da рuта do correio me roubaram dois reais."
Chegou o Natal!
Um presidiário, queria muito ganhar uma bicicleta de oito marchas de Natal. Então resolveu escrever uma carta para Jesus, que dizia:
— "Menino Jesus eu fui um menino muito bom este ano, me dá uma bicicleta de oito marchas..."
Depois pensou:
— "Não, ele não vai acreditar." - amassou o papel e colocou no lixo.
Derrepente ele teve outra idéia. E escreveu assim...
— "Menino Jesus eu só queimei dois colchões esse ano, me dá, uma bicicleta de oito marchas."
Leu o que escreveu, e pensou:
— "Não, ele não vai acreditar..." - amassou o papel e colocou no lixo novamente, e sem mais nenhuma idéia o homem foi para a rua e derrepente viu um presépio, roubou a Maria dele e voltou para a prisão.
E então o homem escreveu uma nova carta que dizia:
— "Menino Jesus, sequestrei tua mãe, me dá uma bicicleta de oito marchas se não eu mato ela."
Havia um garoto que não tinha mãe e morava com seu pai. Eram muito humildes e o dinheiro do trabalho de seu pai, que era carteiro, mal dava para pôr comida em casa. No entanto o pai se esforçava ao máximo para dar o mínimo ao seu filho, único e querido. Muitas foram as vezes em que ele deixou de comer para que seu pequeno rebento desse se alimentar.
Passava por algumas dificuldades mas nunca deixava de atender aos desejos de seu filho, que claro, sempre eram pedidos humildes como uma bola, um pião, uma рiра..... Moravam em um lugar de temperaturas extremas.
Ou havia muito calor ou havia muito frio. Certa vez, havia chegado o inverno e aquele era um dos mais rigorosos dos ultimos 30 anos. A neve se acumulava nos telhados das casas e era quase impossível andar pelas ruas.
Foi então, para desespero de seu pai, que o garoto fez um pedido.....
Queria ganhar uma jaqueta para poder ir à escola e não passar tanto frio.
Reclamava que chegava à escola com as mãos frias e duras... quase congeladas. Aquela jaqueta o ajudaria a esquentar seu corpinho tão pequeno e pálido.
O pai se desesperou.... não havia como dar aquela jaqueta ao filho.... era muito cara!!!! Chegou a chorar escondido, com medo de desapontar seu filhinho que tanto amava....
Mas foi exatamente o desespero que o fez ter uma idéia.....
Trabalharia à noite fazendo qualquer coisa para poder juntar o dinheiro e comprar a jaqueta. Diria ao filho que com a chegada do Natal o trabalho se duplicava e que não poderia deixar de entregar todas as correspondências.
E assim foi.... durante quase um mês o pobre homem trabalhava à noite ora carregando lenha para acender as lareiras, ora tirando com a pá a neve que se acumulava nas portas. Fazia todo tipo de trabalho e quando chegava em casa ficava feliz ao ver o rostinho lindo de seu filho. Até que finalmente conseguiu juntar dinheiro suficiente para comprar a jaqueta. E assim o fez....
Ao chegar da escola, o garoto viu aquele objeto tão desejado e não se conteve!!! Ficou tão feliz que o pai se viu recompensado. O garoto correu para a rua para mostrar a sua jaqueta aos seus amiguinhos enquanto seu pai respirava aliviado, rosto sereno, pensando em tudo o que fez, todo o esforço, para que pudesse comprar a jaqueta e fazer seu filho feliz.
Estava exausto, mas com o sentimento do dever cumprido quando, de repente, entra na sala seu filho e, sem a jaqueta, fiса parado na porta com o olhar triste e diz ao pai:
— Estava brincando com meus amiguinhos e vi um menininho do outro lado da rua pedindo esmola e sem agasalho e, então, dei minha jaqueta para ele, pai!!!!
O Pai então olhou para aquela pequena criaturinha, tomou-o em seus braços e disse:
— Filho.......... Vai prá рuта que o pariu.