Leonardo da Vinci morreu e foi para o Céu. Lá chegando, São Pedro perguntou:
— Quem é você?
— Leonardo da Vinci, o pintor e cientista.
— Leonardo, seu nome está na lista. Mas como é que vou saber que você é quem diz ser?
Leonardo então tomou pincel, tinta e tela, e pintou a Моnа Lisa.
— Tudo bem, pode entrar.
Morreu Albert Einstein. Foi pro Céu. São Pedro perguntou:
— Quem é você?
— Albert Einstein, físico.
— Einstein... Einstein. Tá na lista. Mas, como vou saber que é você mesmo?
— Bem, eu descobri que a energia é igual à маssа multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado.
— Entre, Einstein...
Morreu a Carla Perez. Chegando no Céu, São Pedro perguntou:
— E você, quem é?
— Sou a Carla Perez.
— Olha, passaram por aqui o Leonardo da Vinci e o Einstein, e eles tiveram que provar que eram eles mesmos.
— Mas quem são eles?
— Pode entrar, Carla Perez.
Numa noite escura e de temporal, estava uma loira, de nome Paty, na beira de uma estrada secundária mal iluminada pedindo carona. Nenhum carro passava e a tempestade estava tão furiosa que a pobre Paty não conseguia ver dois palmos à frente do nariz!
Subitamente, Paty viu um carro aproximar-se dela e parar.
Radiante, saltou de imediato para dentro do carro e, fechando a porta, se deparou com o fato de não haver ninguém no local do motorista!
O carro reiniciou então a marcha lentamente e Paty, olhando para a estrada, vê uma curva aproximar-se perigosamente.
Aterrorizada e ainda não refeita do choque de se encontrar num carro fantasma, começa a rezar fervorosamente para que a sua vida seja poupada.
Neste instante, quando a curva se encontra a apenas uns escassos metros do carro, uma misteriosa mão surge pela janela do carro e move o volante.
Paralisada pelo terror, Paty continua a observar as constantes aparições da mão à cada curva do caminho.
Até que, reunindo as escassas forças que ainda possuía, salta do carro, se ralando toda e sai em disparada, desesperada, para a cidade mais próxima.
Cansada, encharcada e em estado de choque, entra num café onde emborca de imediato dois drinques: um Martini e Blood Mary, relatando debilmente o que havia acontecido, perante o olhar estarrecido dos outros clientes.
Naquele instante, dois homens entraram no mesmo café, absolutamente encharcados. Imediatamente um deles avisa para o outro:
— Olha lá a loira idiота que entrou no nosso carro enquanto a gente o estava empurrando!
Durante uma apresentação, um ventríloquo estava desfilando todo o seu repertório de piadas de loiras com o seu marionete, Joãozinho.
De repente, uma loira estonteante se levanta e começa um discurso:
— Já ouvi mais que o suficiente destas piadas denegrindo as loiras, seu idiота. O que o faz pensar que pode ridicularizar as mulheres desse jeito? O que tem a ver as características físicas de uma pessoa com o seu valor como ser humano? São pessoas vis como você que impedem que mulheres como eu sejam respeitadas no trabalho e na comunidade, que nos impedem de atingir todo nosso potencial como pessoa. Por sua causa e por causa das pessoas do seu feitio, perpetua-se a discriminação, não só contra as loiras, mas contra todas as mulheres... tudo em nome desse humor mesquinho e de mau gosto!
Assustado e humilhado, o ventríloquo começou a se desculpar:
— Peço desculpas, minha senhora, não foi essa a minha intenção...
E a loira, em tom raivoso, interrompe:
— O senhor não se meta nesta conversa! Eu tô falando com esse moleque ridículo sentado aí no seu colo!
Na beira do cais, no Rio de Janeiro, estava uma maravilhosa loira gritando que iria se suicidar, até que apareceu um marinheiro que gritou:
— Moça, não faça isso com sua vida!
— Eu vou me jogar, a minha vida não presta — disse a loira, desesperada.
— Não! Você é linda e ainda tem muita vida pela frente! — dizia o marinheiro, tentando convencê-la — Olha, o meu navio está de partida para a Europa. Por que você não vem comigo, e depois pensa no que faz?
— Ah, não sei... — disse ela, indecisa, como toda boa loira.
— Se você chegar lá e ainda quiser se matar, pelo menos você conheceu a Europa!
— Ah, até que é uma boa ideia — disse ela, animando-se e acompanhando o marinheiro até um bote salva-vidas onde ela viajaria, clandestina.
O marinheiro ficou de trazer comida e água todas as noites pra ela. E assim foi durante mais de um mês. Ele trazia comida, água e como não resistia aos belos dotes da loira, aproveitava pra dar uma trepada.
Até que um dia o Capitão foi fazer uma inspeção nos botes e então se deparou com a linda loira, ficando boquiaberto:
— O que uma mulher como você faz por aqui?
E ela, sem outra saída, resolveu contar a verdade:
— Olha, eu estou aqui seguindo para a Europa porque um marinheiro me trouxe. Todas as noites ele me traz comida, água e nós damos uma trepada, e vai ser assim ate chegarmos à Europa. O senhor sabe se ainda falta muito?
— Olha moça, eu acho que ainda vai demorar um bocado — disse o Capitão — Esta é a barca que faz a travessia Rio-Niterói!