— Qual seu nome?
— Raimundo Nonato, seu dotô.
— Doutor não. Sou um oficial da Legião Estrangeira. Sou um combatente, não um médico. Trate-me por comandante.
— Sim, senhô, seu comandante.
— Por que você está se alistando na legião? Sabe que aqui a vida é muito dura? Poucos aguentam as primeiras semanas e você me parece muito franzino.
— Problema não, seu do... comandante. Eu quero vim pra cá pru que não tenho mais nada na vida. Perdi muié e fios no раu-darara Qui virô quando nóis ia pra Sum Paulo. Em Sum Paulo não arrumei nem imprego di serventi nem nada. Eu num sou home di pidi nada prus otru, di modi qui vim assunta se póssu trabáia aqui. Mi falaru qui a genti ganha pocu mas que cumida num farta. Di trabaio eu num tenho medo i nem di briga também não, se comandante. Si o sinhô quisé ieu posso inté mostra...
— Chega de conversa. De qualquer modo você vai ter que ser aprovado em três теsтеs antes de ser admitido: está vendo aquele vidro? Tem dois litros de óleo de rícino. Você tem que beber tudo de uma só vez, sem deixar nada no fundo. Está vendo aquela jaula? Dentro tem um urso bravo de quase dois metros de altura. Você vai ter que entrar na jaula e apertar a mão do urso. Se passar nestes dois теsтеs, vai para o terceiro, que é ter relações sexuais três vezes seguidas com uma cigana de oitenta anos que não toma banho a mais ou menos dez anos. A primeira relação deve ser normal, a Segunda deve ser аnаl e a terceira оrаl. As relações devem ser seguidas, sem intervalo de tempo. Entendeu? Sabe bem do que falei?
— Sei sim sinhô. Mais Filismina num sabi...
— Não quero saber de sua vida íntima passada. Pode começar os теsтеs.
Raimundo partiu para o vidro e, faminto como estava, tomou todo o óleo de uma virada só e correu para a jaula ainda lambendo os beiços. Só pensava que tinha que conseguir o emprego de qualquer jeito. Entrou na jaula e se jogou em cima do urso. Foi uma luta ferrenha que durou mais de quinze minutos. Da luta em si nada poidia se ver, tal a poeira que levantava. O barulho era medonho. Os urros do urso eram apavorantes. De repente, silêncio quase que total, quebrado apenas por gemidos do Raimundo. O resultado não se podia ainda ver por causa da poeira.
Mais uns cinco minutos de gemidos, e a poeira foi baixando. O urso, caído no fundo da jaula, parecia uma vítima de atropelamento. Raimundo, todo arranhado e sorridente, saiu da jaula arrumando suas roupas rasgadas, endireitando as calças e gritou para o comandante:
— Foi trêis viiz, seu comandanti. Agora, cadê a ciganinha pru modi eu apertar a mão dela?
Assustado ao ver a cara de desconsolo do médico lendo os seus exames, o camarada pergunta:
— E aí, doutor? Deu alguma coisa grave nesses exames?
O médico coça o queixo, coça o cabelo, olha pra cara de apavorado do seu cliente, pigarreia, reclina-se na poltrona e por fim, fala:
— Não vou enganá-lo, meu amigo! Você está com Sacocheito Domortadelismo, uma doença muito rara!
— E é fatal?
— De cada dez pessoas que contraem essa doença, só uma consegue se safar.
— Ai, meu Jisuis!
E depois de respirar fundo:
— Mas eu tenho uma boa notícia!
— É mesmo? Qual é?
— Eu já tive nove pacientes com este mesmo problema... e os nove morreram!
O sujeito vai ao médico para ver se resolve de vez este problema de dependência que ele tem com charutos. O médico, adepto dos "métodos antigos", lhe aconselha a técnica da aversão:
— Já que o senhor adora um charuto — diz ele — vou fazer com que tenha nojo dele. Toda noite, antes de ir deitar, o senhor vai pegar um de seus charutos e vai enfiá-lo na bunda. Em seguida, vai colocar o charuto de novo na caixa, e vai agitá-la de modo que não consiga distinguir o charuto dos demais. É vidente que, deste modo, o senhor não ousará mais fumar nenhum, de medo de estar pegando o charuto errado!
— Obrigado pelo conselho, doutor. Vou tentar hoje mesmo.
E é o que ele faz. Mas três semanas depois o paciente volta ao consultório.
— O quê? O senhor outra vez? Não me diga que meu conselho não funcionou? Este método sempre funcionou, mesmo nos piores casos de dependência.
— Bem, de fato funcionou. Pelo menos, consegui transferir a dependência... — hesita o paciente.
— O que o senhor quer dizer? — pergunta o médico.
— Pois bem, eu não fumo mais charutos. Mas agora eu não consigo ir deitar sem antes enfiar um charuto na bunda!
Um português leva sua esposa para fazer um exame tipo check-up anual em um médico e o mesmo, após examinar sua esposa, lhe diz:
— Sua esposa está muito bem de saúde, mas para que ela conserve esta saúde, é necessário que faça bastante sеxо...
— Quantas vezes é necessário por semana, doutor?
— Pelo menos umas três vezes... Assim tipo Segunda, Quarta e Sexta, para intercalar...
— Tudo bem, doutor... Segunda e Quarta, dá, mas Sexta eu não poderei trazer ela aqui para o senhor, por que tenho que jogar bocha, lá no clube...