O marido liga para casa no meio da tarde:
— Oi, minha rainha! Como está o teu dia?
— Tudo ótimo.
— Que bom! E as crianças estão bem?
— Brincando sem parar, não se preocupe.
— Ótimo, perfeito! Elas já almoçaram? Se alimentaram bem?
— Sim! Comeram muito bem! Já fizeram o tema de casa e agora estão brincando.
— Que bom! E me conta, minha linda, o que vai ter no jantar hoje?
— O seu prato preferido e já coloquei a cerveja na geladeira...
— Uau! Bife à milanesa e cerveja! Por isso que eu te adoro tanto! Bom... está tudo tranqüilo em casa, então?
— Fique tranqüilo que está tudo bem.
— Ah, mais uma coisinha: você promete que, hoje à noite, colocará aquele babydoll preto pra mim?
— Faço tudo para te agradar... E não vou esquecer o perfume que você mais gosta.
— Mesmo? Obrigado meu tesão! É por isso te amo tanto...
— Sei, sei...
— Daqui a pouco te vejo, tá meu amor?
— Vou ficar esperando ansiosa...
— Agora me chama a patroa aí, tá?
Numa rádio do interior o locutor anuncia um concurso:
— Olha aí, pessoal! Quem ligar agora e fizer uma frase com uma palavra que não exista no dicionário ganha duas entradas para o cinema.
O telefone toca.
— Alô! Quem é?
— Oi, é o Vanclernildo, do Jardim Tilápia.
— Olá, Vanclernildo! Já conhece a brincadeira? Qual a sua palavra?
— Sim, a minha palavra é vaice!
— Vaice? Como se escreve?
— É assim, ó: V - A - I - C - E!
— Bom, realmente essa palavra não existe. Pode falar então a frase!
— Ok, lá vai... Vaice fuder! - e o ouvinte desliga o telefone.
Constrangido, o locutor tenta avisar os outros ouvintes:
— Que é isso pessoal! Vamos colaborar, tem crianças ouvindo o programa... Vamos pra próxima ligação...
— Oi, eu sou o Joselito! Aqui do Bairro Perobal dos Macacos!
— E então, Joselito. Qual a sua palavra?
— É Eudi!
— Eudi? Como se escreve?
— Assim: E - U - D - I.
— Certo! Essa palavra não está mesmo no dicionário. Pode fazer a frase, Joselito!
— Certo, lá vai... Sou eudi novo e vaice fuder!
Os alunos de um colégio visitam a mansão de um importante aristocrata, que resolveu abrir as portas para visitação.
As crianças chegam e o homem começa a falar sobre as maravilhas da casa: os móveis, as estátuas, os quadros... De repente, o ricaço nota que um dos meninos é a cara dele quando criança e, com uma pulga atrás da orelha, pergunta:
— Vem cá, meu filho. Por acaso a sua mãe, alguma vez, já trabalhou como criada aqui nesta mansão?
— Não, senhor. Agora, o meu avô, sim. Ele trabalhou durante muitos anos aqui, como jardineiro.
Um garotinho andava pelo circo quando de repente viu um homem escondido atrás da arquibancada.
— Ei, tio! — gritou ele — Que coisa plateada é essa que você tá comendo?
— Er, não é nada não, garoto — disse ele, escondendo a comida misteriosa — Vai lá com a sua mãe, vai!
— Nada disso! Eu vi! E também quelo! Me dá um pedaço, senão eu chamo a minha mãe!
— Shiu, não faz isso, garoto! Você não pode comer o que eu tenho aqui!
— Por que não? — gritou o garoto — Eu quelo! Eu quelo!
— Shiu! Não faz barulho, garoto... Tudo bem, eu digo o que eu tenho aqui. São giletes, daquelas de fazer a barba! Você quer comer, quer?
— Blargh! Você come gilete? — pergutou o garoto, assustado — E por que você tá comendo gilete aqui no circo?
— Eu trabalho aqui! Eu sou engolidor de espadas!
— Engolidor de espada? E por que tá comendo gilete?
— Porque eu tô de regime!