Na sala de aula, o professor estava analisando, com seus alunos, aquele famoso poema de Carlos Drummond de Andrade:
“No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra.” Depois de ter explicado exaustivamente que, ao analisarmos um poema, podemos detectar as características da personalidade do autor, implícitas no texto, o professor pergunta:
— Joãozinho, qual a característica de Carlos Drummond de Andrade que você pode perceber neste poema?
— Uai, professor, eu tô matutando aqui: ou ele era traficante ou usuário...
Na semana da Independência, a professora pediu para que os alunos fossem à lousa e ilustrassem partes do Hino Nacional...
Ela disse:
— Mariazinha venha você, faça um desenho.
Mariazinha foi ao quadro nеgrо e desenhou um berço com um bebê dentro. A professora pergunta:
— O que isso quer dizer Mariazinha?
Mariazinha entusiasmada responde:
"Deitado eternamente em berço esplêndido!"
Os colegas aplaudem Mariazinha e a professora se emociona com a criatividade da menina. Empolgada, decide chamar mais um aluno, agora um menino:
— Joãozinho, venha desenhar na lousa um trecho que você acha importante no Hino Nacional.
Joãozinho vai à lousa e desenha um menininho com um pênis enorme!
A professora desconcertada, o repreende severamente e pergunta:
— Me fala, moleque mal-educado, qual a relação entre o Hino Nacional, e o pênis enorme desse garoto?
Joãozinho se explica:
— Ué, professora:
"Gigante pela própria natureza!"
Um político, daqueles bem picaretas e caras de раu, sobe no palanque e começa o discurso:
— Meus cidadão! Se eu fô eleito, vô construí as escola!
Os eleitores ficam em silêncio, constrangidos com o mau português do candidato.
— Eu tombém vô construí as egreja, as creche...
O silêncio fiса ainda mais constrangedor. Nessa hоrа, um assessor não aguenta mais, chama ele e sussurra no seu ouvido:
— Chefe... Emprega o plural que você ganha mais votos!
O político se empolga e responde:
— Deixa comigo!
E recomeça o discurso:
— Eu vô empregá o plurá!... A mãe do plurá, o pai do plurá, toda a famía do plurá, porque eis merece!
Durante a aula de Boas Maneiras, diz a professora:
— Zezinho, se você estivesse namorando uma moça fina e educada e, durante o jantar, precisasse ir no banheiro, o que diria?
— Segura as pontas aí que eu vou dar uma mijadinha.
— Isso seria uma grosseria, uma completa falta de educação. Juquinha, como você diria?
— Me desculpa, preciso ir ao banheiro, mas já volto.
— Melhor, mas é desagradável mencionar o banheiro durante as refeições. E você, Joãozinho, seria capaz de usar sua inteligência para, ao menos uma vez, mostrar boas maneiras?
— Eu diria:
"Minha prezada senhorita, peço licença para ausentar-me por um momento, pois vou estender a mão a um grande amigo que pretendo lhe apresentar depois do jantar".
— Estava a professora, aquela bem angelical e pura, a dar aulas na sala em que o Joãozinho freqüentava, e perguntou ao próprio:
— Joãozinho, o que é que você mais gosta?
— Eu gosto de tu, professora, de tu!
A professora ficou toda comovida com a resposta do Joãozinho e disse:
— Joãozinho, pela tua resposta, que me deixou muito orgulhosa, vou lhe dar um refrigerante na hоrа do recreio, qual o seu refrigerante preferido?
— Eu gosto de Tota-Tola, professora!
A professora Vera achou que os alunos já estavam bem grandinhos e os mandou cada um fazer uma redação sobre o tema sеxо ou assunto relacionado. No dia seguinte, cada aluno leu a sua redação:
A da Mariazinha era sobre métodos contraceptivos.
A do Gerson "falava" da masturbação.
A da Ana Lúcia escreveu sobre rituais sexuais antigos.
E chegou a vez do Joãozinho:
— Então Joãozinho, você fez a redação que eu pedi?
— Fiz sim, professora!
— Então, leia sua redação!
E o Joãozinho começou a ler alto:
"Era uma vez no pampa gaúcho, há muitos, muitos anos. No relógio da igreja batiam 18h. Nuvens de poeira arrastavam-se pela cidade semi-deserta. O Sol já ofuscava o horizonte e tingia as nuvens de tons vermelhos. De súbito, recortou-se a silhueta de um cavaleiro. Lentamente, foi-se aproximando da cidade... Ao chegar à entrada, desmontou. O silêncio pesado foi perturbado pelo tilintar das esporas.
O cavaleiro chamava- se Malaquias! Vestia-se todo de preto, à exceção do lenço vermelho que trazia ao pescoço e da fivela de prata que segurava os dois revólveres na cintura. O cavalo, companheiro de muitas andanças, dirigiu-se hesitante para uma poça de água... PUM!
O velho cavalo caiu morto com um buraco na testa. O cheiro da pólvora vinha do revólver que já tinha voltado para o coldre de Malaquias: Malaquias não gostava de cavalos desobedientes! Malaquias dirigiu-se para o bar. Quando estava subindo os três degraus, um mendigo que ali estava, tocou na perna de Malaquias e pediu uma esmola... PUM! PUM! O esmoleiro esvaiu-se em sangue: Malaquias não gostava que lhe tocassem!
Malaquias entrou no bar. Foi até o balcão, e pediu uma cerveja. O homem serviu-lhe a cerveja. Malaquias provou e fez uma careta PUM! PUM! PUM! Malaquias não gostava de cervejas mornas e detestava homens de bar relapsos. Outros cavaleiros que ali estavam olharam surpresos para Malaquias. PUM! PUM! PUM! PUM!
Ninguém sequer conseguiu reagir. Malaquias era rápido no gatilho: Malaquias não gostava de ser o centro das atenções! Saiu do bar... Deslocou-se até o outro lado da cidade para comprar um cavalo.
Passou por ele um grupo de crianças a brincar e a correr, levantando uma nuvem de poeira... PUM! PUM! PUM! PUM! PUM! PUM! PUM!
Desta vez os dois revólveres foram empunhados: Malaquias não gostava de poeira e além disso as crianças faziam muito barulho! Comprou o cavalo, e quando pagou, o vendedor enganou-se no troco... PUM! PUM! PUM!
Malaquias não gostava que o enganassem no troco!Montou no novo cavalo e saiu da cidade. Mais uma vez a sua silhueta recortou-se no horizonte, desta vez com o sol já quase recolhido.
Todos aqueles mortos no chão. Até o silêncio era pesado. FIM"
Joãozinho sentou-se. A turma estava petrificada!
A professora chocada pergunta:
— Mas... Mas... Joãozinho... O que esta composição tem a ver com sеxо?
Joãozinho, com as mãos nos bolsos, responde:
— O Malaquias era fоdа!