O rapaz resolve reunir toda a família para revelar uma informação de extrema importância. No dia combinado, chegam tios, tias, primos e avós que se espremem na sala, aguardando ansiosamente a notícia. Na hоrа H, ele aparece e diz:
— É o seguinte, gente! Vou ser curto e grosso: é que o meu médico falou que eu vou morrer daqui a seis meses!
Foi uma choradeira terrível, todos queriam abraçá-lo, beijá-lo e dizer o quanto o amavam, até que alguns minutos depois, outra revelação:
— Gente, calma! Era brincadeira! Eu só queria dizer que eu sou gаy!
Tarde tranquila. A mãe a costurar e a cantar uma terna canção de Roberto Carlos. Aqui, acolá ela corta um pedaço de pano. Corta e costura. Ao lado está a pequerrucha Mariazinha, filha única e mimada, entretida com papel e lápis a desenhar figuras. O tempo passa e passa. A certa altura, a mãe pede a Mariazinha que lhe mostre os desenhos. Ela mostra os desenhos e a mãe toma um grande susto. Um susto tremendo. O que a mãe vê lhe causa uma terrível decepção, um verdadeiro choque. Os desenhos retratam claramente o famoso passaralho ou, para os mais sensíveis, um falo, o símbolo da virilidade: duas bolas e, saindo dentre elas, uma haste. A mãe não acredita no que vê. Como é que uma criancinha tão inocente começa, de repente, a desenhar essas coisas? Ela se controla o mais que pode e pergunta:
— Onde é que você viu isso, Mariazinha?
— Na sua mão, mãezinha.
— O quê??? O que você anda aprontando sua...
A mãe perde o controle. Mulher virtuosa e conhecedora de seu papel de mãe, ela não admite comportamentos indecentes. Desde cedo tem de impor respeito e dignidade à família. Aplica uma bem merecida surra na Mariazinha. Surra, castigo em pé no canto da parede, uma semana sem ver televisão e sem a mesada.
— Quando seu pai chegar você vai ter uma conversinha com ele.
Pobre Mariazinha! Ela chora, soluça desconsolada sem entender direito a gravidade de seus estranhos desenhos. A tarde passa devagar. E a Mariazinha em pé, já cansadinha, a coitada. E chorando aquele triste choro entrecortado de soluços. Como a tarde passa devagar.
Chega finalmente a noite e o pai volta do trabalho. A mãe vai falar com ele e diz para ele ter uma conversa muito séria com a filha. Já é tempo. Envergonhada, não mostra sequer os desenhos: o pai que pergunte à filha.
— O que é que você estava desenhando, Mariazinha? — pergunta o pai.
— A tesoura da mamãe...
Um jovem rico, mas muito tímido, casou-se com uma moça muito bonita e de boa família. À noite foram para a cama e a noiva esperava que ele fizesse aquilo que todos os casais fazem na noite de núpcias. E não aconteceu nada, nem sequer um beijo. Nada! No dia seguinte a esposa foi à casa da mãe chorar a situação.
— Que é que aconteceu de ruim, minha filha? — pergunta a mãe.
— Ele não fez nada, mãe! Ensinei-o como devia fazer, ajudei-o e nada!
— Espera minha filha que eu vou resolver isso.
A sogra foi até a casa e falou para o genro:
— Minha filha está reclamando que você não agiu como um marido com ela ontem à noite.
O genro ficou quieto e a sogra continuou:
— Você não sabe como é que fazem os cães? É isso que você tem que fazer, igualzinho como um сасhоrrо faz! Então logo a noite você faz com a minha filha como os cães fazem com as cadelas, e tudo vai correr bem!
No dia seguinte, a filha voltou a procurar a mãe e chorava mais que no dia anterior.
— Mãe, não sei o que você disse para o meu marido, mas ele ainda foi pior que na noite passada.
— O que é que ele fez? — pergunta a mãe.
— Ele tirou a roupa, tirou a minha roupa, cheirou meu cu, e depois foi mijar contra o armário do quarto.
O homem foi com a família no zoológico... mostrou os elefantes para os filhos, a girafa, os leões, enfim ficou o dia inteiro andando prá cá e prá lá, aí ouviu aquele sinal das cinco e meia, que já ia fechar o zoológico, quando ele estava passando enfrente a jaula dos gorilas. Cansado e exausto ele passou a mão na testa, gesto peculiar quando você quer limpar o suor. O gorila não gostou e começou a jogar меrdа no sujeito, deixando-o todo sujo.
O homem que não gostou nada foi reclamar com o administrador do zoológico, explicou o caso e o administrador retrucou, não, alguma coisa você fez, o gorila não joga меrdа em ninguém de graça. O sujeito disse: eu não fiz nada apenas limpei o suor da testa. Ah disse o administrador, taí. Isso na linguagem de gorila é o mesmo que mandar ele ir tomar no cu. Ele, mesmo indignado foi embora.
No dia seguinte levantou cedo, foi na farmácia e comprou dois bisturis, passou no mercado e comprou uma linguiça, voltou lá no zoológico e foi direto na jaula do gorila. Chegando lá pegou um dos bisturis e jogou dentro da jaula, o gorila pegou o bisturi e ficou olhando, mostrou o dele também para o gorila, desceu o zíper da calca, tirou a linguiça para fora, segurando como se fosse mijar. Pegou o bisturi e começou a cortar a lingüiça com movimentos rápidos, olhou para o gorila e falava, vai também, vai também...
O gorila simplesmente olhou sério para ele e passou a mão na testa...
— Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre os pacientes. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
— Qual e o nome do paciente?
— Chama-se Celso e está no quarto 302.
— Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...
— Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
— Gostaria de saber as condições clínicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!
— Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
— Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?
— Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
— Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário da paciente... Um instante só!
— Hummm, aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.
— Ahhhh, Graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
— Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?
— Não, sou o próprio Celso, telefonando aqui do 302. É que todo mundo entra e sai do quarto e ninguém me diz droga nenhuma ... só queria saber!