Seu João pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar a transportadora (dona da pick up) para o tribunal.
No tribunal, o advogado da transportadora começou a inquirir seu João:
— O Senhor não disse na hоrа do acidente:
"Estou bem"?
Seu João responde:
— Bem, vou lhe contar o que aconteceu, eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na caminhonete...
— Eu não pedi detalhes, - interrompeu o advogado - só responda a pergunta. O Senhor não disse na cena do acidente:
"Estou bem"?
— Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia...
O Advogado interrompe novamente e diz:
— Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui, na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, isso é uma fraude. Por favor poderia dizer a ele que simplesmente responda a pergunta?
Mas a essa altura o Juiz estava muito interessado na resposta de Seu João e disse ao advogado:
— Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.
Seu João agradeceu ao Juiz e prosseguiu:
— Como eu estava dizendo, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia quando uma pick up atravessou o sinal vermelho e bateu na minha caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rodovia e a mula foi lançada ao outro lado. Eu estava muito ferido e não queria me mover. De qualquer forma eu podia ouvir a mula zurrando e grunhido e pelo barulho eu pude perceber que o estado dela era muito ruim.
Logo após o acidente o patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrando e foi até onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela ele pegou a arma e atirou bem entre os olhos do animal. Então o policial atravessou a estrada com sua arma na mão, olhou para mim e disse:
— A mula estava muito mal e eu tive que atirar nela, como está se sentindo?

O casal estava prestes a ter o seu primeiro bebê. Ele estava ansiosíssimo, ela enjoadíssima e cheia de desejos esquisitos. Enfim, tudo estava normal. Só pra animar e dar um motivo pra essa piada, o médico chegou com uma novidade:
— Vocês não vão acreditar! Acabo de inventar uma máquina que transfere toda dor do parto para o pai da criança. Vocês querem experimentar esta novidade?
— Ah, nem pensar — disse ela, preocupada. — o Jorge não sabe o que é a dor de um parto...
— O quê? — zombou o marido — Doutor, pode transferir essa dor pra mim que eu vou tirar de letra! Não vou sem sentir!
Então o médico preparou os equipamentos e iniciou-se o parto. Pra começar, ele transferiu a dor do parto em 10% para o marido, já que ele, teoricamente, os homens não agüentariam tamanha dor.
Porém o marido continuava sentindo-se muito bem e então pediu ao médico que aumentasse a porcentagem de dor transferida para ele. O médico aumentou para 20%, checou a pulsação e a pressão do marido e ficou impressionado com a forma como ele estava reagindo.
Em 50% o marido ainda estava se segurando bem e, vendo que aquilo estava ajudando sua mulher, pediu ao médico que transferisse para ele toda a dor.
Assim ele fez e o pai da criança, todo orgulhoso, não esboçou grandes reações de dor até o final do parto.
Veio ao mundo um lindo bebê e a mulher, que não sentira nenhuma dor, estava ainda mais radiante do que normalmente estaria.
Pouco tempo depois os pais decidiram voltar pra casa, felizes da vida. O marido ainda zombava com ela sobre a insignificância da dor do parto, tão comentada pelas mulheres, quando eles estavam chegando em casa e se depararam com uma cena chocante: O carteiro, que estava morto em frente ao portão.