Nasceu o filho da vizinha do Joãozinho.
Sua mãe, chama o menino encapetado e diz:
— Joãozinho, o filho da nossa vizinha, a Dona Sylvia, nasceu. Nós vamos lá visitá-los, porém a criança nasceu sem as orelhas e sabendo como você é lhe peço pelo amor de Deus, não vá falar nada para não magoar a Dona Sylvia. Você promete?
E o Joãozinho promete.
Chegando lá, a primeira coisa que o joãozinho faz é ir até o berço do menino.
A mãe logo vai atrás, pois sabe o que o joãozinho pode fazer.
Quando sua mãe e a Dona Sylvia entram no quarto, o joãozinho está falando para o menino:
— Que bonitinho, que bonitinho, que Deus proteja os seus olhinhos.
A Dona Sylvia fiса encantada com a atitude do joãozinho e diz para sua mãe:
— Que criança educada e temente a Deus.
E o joãozinho continua dizendo:
— Que bonitinho, que Deus proteja os seus olhinhos. Que Deus proteja os seus olhinhos. Que Deus proteja os seus olhinhos.
Curiosa a Dona Sylvia pergunta:
— Por quê está pedindo para Deus cuidar dos olhos do meu filhinho?
E o Joãozinho responde:
— Porque se algum dia ele precisar usar óculos está fоdidо.
Joãozinho tinha um сасhоrrо que ganhou um nome um pouco incomum: cu.
Era um tal de "Cu, vem comer!" pra cá, "Cu, pega o osso!" pra lá, "Cu, pára de latir!" pra todo lado. Até que a mãe de Joãozinho ficou de saco cheio dessa história e disse:
— Ou você muda o nome desse сасhоrrо ou eu vou dá-lo pro vizinho!
Só que Joãozinho já tinha acostumado com o belo nome que deu e, no mesmo dia, deixou escapar:
— Cu, vamos passear?
Furiosa a mãe pegou o сасhоrrо e foi presentear o vizinho.
Nesse tempo o pai dele chegou:
— Oi, filho, tudo bem? Onde está sua mãe?
— Ah, pai... A mamãe foi dar o cu pro vizinho!