Um famoso repórter de televisão estava em Usbequistão, no meio de uma grande reportagem que falava sobre os costumes do local. De repente ele se deparou com um velhinho e logo começou a entrevistá-lo:
— O senhor poderia me contar um fato de sua vida que jamais tenha se esquecido?
O velho homem sorri e começa a contar a história:
— Um dia, há muito tempo atrás, minha cabra se perdeu na montanha. Como manda a nossa tradição, todos os homens da cidade se reuniram para beber e sair à procura da cabra. Quando finalmente a encontramos, já de madrugada, bebemos mais uma dose e, como de costume, todos transaram com a cabra, um por um. Foi uma cena inesquecível...
O jornalista se assusta com a história e diz, todo sem jeito:
— Meu senhor, sinto em lhe dizer que a emissora dificilmente levará ao ar essa declaração, então eu sugiro que o senhor conte uma outra história... Quem sabe se o senhor nos contasse uma história bem feliz...
O velho sorriu e disse:
— Ok, também já vivi uma história muito feliz aqui...
Então o repórter sorri aliviado e o velho homem começa a contar a história:
— Um dia, a mulher do meu vizinho se perdeu na montanha. Como manda a nossa tradição, todos os homens da cidade se reuniram para beber e sair à procura da mulher. Quando finalmente a encontramos, bebemos mais uma dose e, como de costume, todos os homens da cidade transaram com a boazuda. Foi a maior diversão da minha vida!
O jornalista ficou decepcionado mas não desistiu e sugeriu ao velho homem:
— Ok, vamos tentar mais uma vez: Será que o senhor não poderia nos contar uma história muito, muito triste?
Então o velho homem baixou a cabeça e, com os olhos cheios de lágrimas, começou:
— Um dia, eu me perdi na montanha...

O engenheiro desceu aos portões do inferno e foi admitido. Mal havia chegado, já estava insatisfeito com o baixo nível de conforto do inferno.
Logo começou a fazer projetos e várias obras de benfeitorias tomaram início. Verificou que o grande calor gerado com o fogo do inferno poderia converter em energia.
Verificou também que os precipícios que lá existiam poderiam proporcionar vistas panorâmicas.
Pouco tempo depois já havia no inferno setores aclimatizados com ar condicionado, escadas rolantes, elevadores panorâmicos, piscinas com água aquecida, jacuzzis por toda parte, campos de golfe, shopping centers, etc...
Com a climatização foi possível criar vários paisagismos diferenciados.
O Diabo estava adorando o serviço e o engenheiro virou um cara muito popular por lá.
Um dia, Deus, procupado pois o Diabo estava quieto faz tempo, chamou-o telefone e perguntou, ironicamente:
— E aí diaba rampeira, como estão as coisas aí embaixo — E o Diabo respondeu:
— Deusdeeeeeete! Há quanto tempo que você não me liga! Que saudade de você menina! As coisas aqui embaixo estão uma maravilha! O inferno tá que tá uma chiqueza só! Agora temos ar condicionado central, banheiros reformados com granito italiano, escadas rolantes, elevadores panorâmicos, e mais um monte de coisas. Isso sem falar na praia artificial com ondas que o nosso engenheiro está planejando para breve! Tô até aprendendo a jogar golfe! Chique né?
Do outro lado da linha, surpreso, Deus exclamou:
— O quêêêêêêê!?! Vocês têm um engenheiro aí? Isso foi um engano! Engenheiros nunca vão para o inferno. Mande-o subir aqui céu, imediatamente!
O Diabo respondeu:
— Neeeeem que a vаса tussa! Sem chance! Eu gostei de ter um engenheiro e ele fiса aqui.
Deus, já mais irritado, fala em tom de ameaça:
— Mande-o para cá, agora, ou tomarei as medidas legais necessárias.
Eis que o Diabo soltou uma gargalhada:
— Hahahaha! Deusdete, minha nêga, você é uma comédia! Onde você pensa que vai arrumar um advogado aí no céu?