Numa cidadezinha do interior uma fiel procura o padre após a missa e diz:
— Padre, precisa fazer alguma coisa pela Lourinha, o senhor sabe, a que o marido dela a largou com três crianças de colo por causa de uma sirigaita... E agora, pobrezinha, ela nem consegue mais pagar o aluguel!
O padre, condoído, responde:
— Que tristeza, filha! Vamos ver o que a paróquia pode fazer por ela. De quanto será que ela precisa?
A mulher diz:
— Olha, eu sei que ela está em atraso por três meses e ela paga 800 reais por mês, e então ela está devendo mais de dois mil reais.
O padre se espanta com o valor, mas se sensibiliza:
— Muito bem, vamos convencer os fiéis a ajudá-la. Um pouco de caridade cristã não faz mal a ninguém. Mas me diga uma coisa: como é que a senhora está tão por dentro das dificuldades dela? A senhora é parente dela?
— Não, padre... — responde a mulher — Eu sou a proprietária do imóvel!
Em uma igreja, o padre está calmamente limpando as imagens quando entra uma morena escultural e diz:
— Padre, não dá mais... Eu amo o senhor!
— Sim, minha filha, eu também amo o Senhor!
— Não, Padre... Eu amo você e não o Senhor Jesus!
— Como? Você não ama Jesus?
— Ai, Padre, eu amo Jesus também... Mas amo você de um jeito diferente! Eu tenho que ser sua!
— Não diga uma coisa destas, minha filha... — diz o Padre com a voz já trêmula. — Eu fiz um voto de castidade e não posso ter relações com mulheres!
A mulher, vendo que não conseguiria muita coisa, começa a tirar o vestidinho aos poucos e andar em direção ao Padre.
— Por favor, eu te amo... Eu preciso ser sua.
O Padre, já não agüentando, começa a recuar até ficar sem saída e acabar embaixo da imagem de Cristo, na cruz:
— Eu não posso, eu não posso...
A morena então tira toda a roupa e mostra o quanto é gostosa:
— Pelo amor de Deus, me possua, Padre!
O Padre vira-se para a imagem de Cristo e fala:
— Senhor, o que eu faço agora?
A imagem começa a se debater e diz:
— Me desprega daqui! Me desprega!
Depois que a esquadra de Cabral chegou ao Brasil, logo em seguida vieram dúzias de aproveitadores de todos os tipos: caçadores de diamantes, garimpeiros, aventureiros, indiófilos e... Missionários, sempre em busca de novos clientes.
Certo dia, o Padre Bento acaba de converter mais um e está mergulhando-o nas águas de um pequeno córrego:
— A partir de agora, te chamarás João e não mais Tiribuci, e a partir de agora cumprirá todas as obrigações impostas pela Igreja Católica e amanhã, Sexta-feira Santa, não comerás carne, somente peixe!
No dia seguinte pela manhã, o padre encontra o ex-Tiribuci, às margens do mesmo córrego, enfiando a cabeça de uma capivara na água.
— A partir de agora — dizia ele. — Te chamarás peixe e não mais capivara!
Em uma igreja chique de um bairro chique de uma próspera cidade do interior, a madame vai se confessar:
— Padre, eu pequei... O senhor me conhece, sabe que eu nunca traí meu marido, mas depois que apareceu aquele homão da cidade por aqui, padre... Aquele pedaço de mau caminho... O senhor sabe, né... A carne é fraca...
O padre passa-lhe um sermão e pede que, como penitência, ela deixe uma oferta de 200 reais para as obras da igreja.
Logo depois aparece uma outra mulher com a mesma história a respeito do galã da capital. Novo sermão e a penitência sobe para 500 reais.
E nos dias seguintes as mulheres faziam fila na paróquia, para confessar que traíram os maridos com o forasteiro bonitão.
Até que mais uma pessoa entrou no confessionário e o padre, tomado pelo hábito, disse:
— Pode falar, filha... Cometeu adultério com o tal garanhão?
— Não, padre! — disse uma voz grossa. — Eu sou o garanhão!
— Ah, resolveu confessar os pecados, não é? Olha que são muitos...
— Não... Só vim avisá-lo que se quiser terminar a reforma da igreja, vai ter que me pagar 50% do valor das penitências, senão eu mudo de paróquia, viu!
Um certo homem combinou com sua mulher que queria ter um filho. A mulher concordou e disse:
— Então, vamos tentar?
Tentaram uma vez, duas vezes, então a barriga da mulher comecou a crecer. Forão ao médico pensando que era um filho mas o doutor concluiu que a mulher tinha apenas vento na barriga.
Tentaram novamente, uma vez, duas vezes e barriga cresceu novamente. Foram ao médico e constataram mais uma vez que se tratava unicamente de vento na barriga.
Não tardou muito para que toda a cidade soubesse da história e o marido ganhou rapidamente o apelido de"pinto de vento".
Ele já não podia mais andar pelas ruas sem ser chamado pelo triste apelido e aquilo começou a deixá-lo cadavez mais nervoso e o levou inclusive a brigar na rua algumas vezes.
Arrependido de ter se envolvido em violência, resolveu ir se confessar ao padre. Após confessar tudo que havia ocorrido, o padre lhe deu alguns conselhos e ele acabou se comprometendo com o padre de não mais ficar nervoso quando alguém lhe chamasse pelo indesejado apelido.
Tão logo ele saiu da igreja, o padre ouviu um estrondo e barulho de briga e pancadarias. Ao sair o padre viu um senhor jogado de um lado e sua bicicleta de outro e perguntou àquele que havia acabado de se confessar, se ele não se lembrava de ter acabado de se comprometer a não mais se envolver em brigas porcausa do apelido.
O homem imediatamente respondeu:
— Me chamar de pinto de vento ainda vai, mas pedir meu pinto emprestado para encher o pneu da bicicleta, eu não posso tolerar.