Estava o viajante morrendo de sede, perdido no meio da caatinga, debaixo de um sol escaldante, quando se deparou com uma casinha de taipa.
Imediatamente bateu palmas e logo apareceu um garotinho barrigudo de olhos remelentos.
— Você poderia me arranjar alguma coisa para beber? — pediu o viajante.
— Poderia sim, senhor!
Então, o menino desaparece para dentro da casa e logo volta com uma cuia imunda que entrega ao viajante.
O viajante olha meio enojado para a cuia, fecha os olhos e bebe tudo num gole só.
— Tava muito ruim? — pergunta o menino.
— Tava não, por quê?
— É que tinha um rato morto dentro da cuia.
— Seu filho da рuта! — esbravejou o viajante, furioso. — Na hоrа que eu te pegar, quebro a cuia na sua cabeça!
— Faz isso não, moço, que essa cuia é da mãe mijar!
O filho pergunta para o pai:
— Pai, como é que eu nasci?
— Muito bem, tínhamos que ter esta conversa um dia, né! Bom, o que aconteceu foi o seguinte: Eu e a mamãe nos conhecemos e nos encontramos num chat, aí papo vai, papo vem... Er...
— Vai logo, pai!
— O papai marcou um encontro com a mamãe num cybercafé e acabamos juntos no banheiro. Depois, a mamãe fez uns downloads no memory stick do papai e, quando estava tudo pronto para o upload, descobrimos que a gente não tinha nenhum tipo de firewall.
— Nossa, e aí?
— Como era tarde demais para dar o cancel, papai acabou fazendo o upload de qualquer jeito com a mamãe... E, nove meses depois, o Vírus apareceu. Entendeu?
— Ahhh, saquei!