Maria, Fátima e Conceição, três amigas portuguesas, estavam tomando um chazinho juntas e botando a conversa em dia. Maria pergunta para Fátima:
— Quando estás a fazer amor com teu marido, o Joaquim, já aconteceu de tocar as bolas deles e estarem frias?
— Sim... as vezes percebo isso. E tu, já sentiste o mesmo no teu marido, o Antônio?
— Ah, sim... Já notei isso. Não acontece o mesmo com teu marido, ó Maria?
E Maria responde?
— Sabem que nunca reparei? Mas esta noite vou conferir!
— Está bem. Amanhã, você nos conta! — dizem as outras duas, curiosas.
No dia seguinte, Fátima e Conceição esperam por Maria, que chega atrasada. Ela vem capengando, com um olho roxo e a cara muito inchada.
— Que foi que aconteceu? — perguntam as amigas.
— É tudo culpa de vocês!
— Como assim?
— Foi porque, ontem à noite, quando toquei nas bolas do Manuel, meu marido, disse para ele:
"Tu não tens as bolas frias como o Joaquim e o Antônio!"
A grande paixão do Joaquim, um português de origem lusitana, é o teatro. Ele é concluinte de um curso de interpretação e já participou de várias peças, mas todas elas como disciplinas do curso. Sua grande oportunidade ainda não havia chegado. Mas não por falta de esforço. Ele já havia visitado todas as companhias de teatro, viajou a outras cidades, esteve em todos os estúdios de televisão para tentar um papel, uma pontinha, uma figuração numa novela, mas não está fácil. A resposta é sempre a mesma:
"Nosso elenco está completo", "no momento não estamos contratando ninguém", essas desculpas. Mas ele é muito persistente. No dia seguinte, na outra semana, no outro mês lá está ele de novo, mais uma tentativa, mais uma conversa, mais uma esperança. "Quem sabe não é hoje?"
Eis que, um dia, surge a oportunidade de realizar o seu grande sonho. Ele é convidado, quer dizer, de tanto insistir ele conseguiu uma pontinha numa peça que será apresentada no principal teatro da cidade. Ele recebe o texto com a sua fala - uma fala. Não é exatamente o papel principal. Também não se pode dizer que é um papel secundário. Na verdade, ele tem uma entrada em cena e uma fala. Numa certa hоrа ele deve entrar e falar:
"Aqui estou eu, minha rainha." É tudo. Ah! Que felicidade! Um grande astro vai surgir na constelação... A partir desse momento, Joaquim passa todo o tempo decorando o texto, testando inflexões, exercitando a voz, ensaiando a marcação, fazendo laboratório, essas coisas todas que os grandes astros e estrelas costumam fazer. Sua estreia vai ser um estouro! Ele não vê a hоrа de adentrar o palco e apresentar-se diante de uma plateia ávida por conhecer o seu grande talento. E chega o grande dia: a estreia. Lá está o Joaquim devidamente caracterizado a espera da hоrа de entrar em cena. Desde o primeiro minuto, ele fiса bem pertinho do diretor. Colado nele.
— É agora? Entro? — pergunta ele logo no início do primeiro ato.
E o diretor:
— Não. Agora não. Espere.
E Joaquim, impaciente, pergunta a cada instante:
— Já entro?
— Agora?
— É minha hоrа?
E fiса a torrar a paciência do diretor. E haja paciência...
— Vou?
— Comé-quié? Entro ou não entro?
No finzinho do terceiro ato o traidor mata o rei. Logo depois, deve entrar o nosso grande astro. E o diretor avisa:
— É agora. Vai.
Ele entra em cena e a rainha, a principal personagem representada por uma grande estrela, lá está a esperar a fala dele para dar sequência ao espetáculo.
O Joaquim finalmente diz a sua tão esperada e ensaiada fala:
— Aqui estou eu, minha rainha!
— Chegaste tarde! Mataram o rei!
O nosso grande astro faz uma reverência e completa:
— Eu bem que poderia ter evitado essa tragédia, minha rainha. Há muito tempo que eu queria entrar, mas aquele gajo ali não deixava.
No meio de uma festa grã-fina, o dono da mansão, já embriagado, pede a atenção de todos e diz:
— Pessoal! Eu tenho uma coisa muito interessante pra falar pra vocês!
— Fala! Fala logo! O que é? — gritam os mais empolgados.
— É que a minha piscina... Eu nem sei como dizer... Ela... Ela é mágica!
Todos caem na gargalhada achando que o cara já bebeu além da conta e está delirando, mas ele resolve provar, sai correndo, pula dentro da piscina e grita:
— Cerveja!
Não deu outra! Toda água da piscina se transformou em cerveja! Depois de beber bons goles, o anfitrião saiu da piscina e a água voltou ao normal.
Os freqüentadores não acreditaram e logo um outro cara entrou na piscina e gritou "Uísque!". Toda água virou uísque e ele se esbaldou.
Aí foi uma festa. Caipirinha, vоdка, gim, todos os tipos de batidas...
Até que um português que estava na festa também resolveu tirar uma casquinha e saiu correndo em direção á piscina mágica. Depois de dar um salto todo desajeitado e cair na água de barriga, sua esposa Maria gritou:
— Ó, Joaquim! Como tu és вurrо! Pulou na piscina com o celular num bolso e a carteira no outro, ora pois!
E o portuga grita:
— Роrrа!
Três exploradores, um americano, um francês e um português, se perdem na floresta amazônica. Depois de muitos dias são capturados por uma feroz tribo indígena.
Amarrados num tronco no meio da aldeia, ouvem assombrados a proposta do chefe:
— Cada um pode fazer qualquer pedido. Se chefe não realizar, chefe liberta prisioneiro. Mas se chefe satisfizer o pedido, chefe manda guerreiros arrancarem a pele do prisioneiro para fazer canoa.
Apontando para o americano, pergunta:
— O que prisioneiro quer?
— Eu quero que você me traga aqui a estátua da liberdade.
Com a sua lança mágica, o chefe faz aparecer a estátua da liberdade no centro da aldeia e ordena aos guerreiros que arranquem a pelo do americano e façam uma canoa.
— Agora, chegou a vez do francês. Qual o seu pedido? — pergunta o chefe.
— Eu quero a torre Eiffel e as garotas do Moulin Rouge dançando cancan.
A lança mágica entra em ação novamente e faz realidade o pedido do francês. O chefe ordena em seguida que lhe arranquem a pele e que se faça uma canoa.
Finalmente, é a vez do português, que pede um garfo. Um simples garfo...
Diante de pedido tão simples, o chefe imediatamente entrega o garfo ao português. O nosso amigo de além mar, espetando o garfo em todo o seu corpo, gritava:
— Índios filhos da рuта, vão fazer canoa de mim lá na рuта que o pariu!
Seu Joaquim já não aguentava mais o gato da casa. Resolveu então levá-lo para longe e largá-lo por lá. Pôs o bichano num saco, jogou-o dentro do carro e o abandonou a 10 quadras de distância da sua casa. Quando chegou em casa, o gato estava deitado no sofá.
No outro dia, já nervoso, Seu Joaquim pegou o gato novamente, colocou no carro e o abandonou a 20 quadras de distância de sua casa. Quando chegou em casa, o gato estava novamente deitado no sofá.
Ele ficou muito irritado, pegou o gato novamente, colocou no carro e andou 10 quadras para a direita, 20 para a esquerda, 30 para baixo e abandonou o gato.
Depois de duas horas, Joaquim ligou para casa e perguntou à Maria:
— Maria, o gato voltou?
— Voltou — respondeu Maria.
— Então põe ele no telefone para me explicaire o caminho de casa, pois eu estou cá perdido!
Depois de um tempo desempregado, Manoel consegui emprego na companhia de energia elétrica. Seu serviço não era difícil: Fazia um buraco na calçada e "plantava" os postes de iluminação. No primeiro dia, todos os funcionários em fila para a avaliação com o chefe:
— Você, quantos postes colocou?
— Quinze, senhor!
— Muito bem, e você?
— Dezoito postes, senhor!
— Ótimo! E você, Manoel quantos postes colocou?
— Três postes, chefe!
— Três? Você não fiса envergonhado? Um colega seu colocou quinze postes, outro dezoito e você só três?
— É, mas eu fui o único que fez o serviço direito! Os postes que eles colocaram ficaram quase todos pra fora!